‘A corrida é aquela viagem interna e ao mesmo tempo uma conexão com o mundo’
Aos 41 anos, a cirurgiã dentista Rosaverena Costa, de Natal-RN, planejou para 2020 desafiar-se em sua segunda maratona. O plano segue de pé, apesar da confusão de datas e provas que a pandemia do coronavírus tem provocado. Atleta da Go Runners há um ano, Rosaverena aproveita o foco e a disciplina que a corrida exige para se adaptar a estes novos dias. Confira!
“Comecei a correr em 2012, despretensiosamente acompanhando na época um namorado. E já tinha um exemplo em casa, de minha irmã que já corria. O objetivo era somar nos exercícios físicos que eu sempre pratiquei. Lembro que quando estava com algum problema, percebia que corria mais e melhor e o resultado também era muito bom. Então a vontade passou a ser maior que a necessidade.
Comecei a acompanhar minha irmã, que já treinava sério e ia me orientando. Fui me informando, lendo sobre corrida e sem perceber me apaixonei por acompanha-la nos treinos longos. Outras pessoas foram me inspirando no caminho.
Em novembro de 2013 fiz minha primeira meia. Foi amor à primeira vista. Sempre muito observadora e em busca de troca com outros corredores, sempre atenta ao meu corpo segui evoluindo sozinha nos treinos e participando de muitas meias. Até 2019 foram 16 meias maratonas. Descobri também a paixão pelo trail run. Nunca me machuquei, sempre me mantendo na zona de conforto.
Estou na Go Runners há um ano e antes dela eu tinha uma certa ‘aversão’ às assessorias, pelo clima competitivo, que me parecia ir contra tudo o que busco na corrida. Depois de sete anos decidi fazer uma maratona e não queria continuar só escutando meu corpo. Precisava sair da minha zona de conforto com orientação. Escolhi a Go por indicação. Confesso que demorei uns dois meses para me inserir no contexto, afinal, fazia sete anos que eu corria sozinha.
Mas quando descobri a Go, o envolvimento e comprometimento com seu propósito, na verdade, quando me permiti, foi início de uma relação linda com a assessoria. Hoje acredito que estar numa assessoria é um ponto a favor na motivação dos corredores, mas a principal motivação vem de dentro de nós.
Na Go Runners, o que faz a diferença é a forma de conduzir os alunos para o despertar desta motivação própria. O diferencial da Go é orientar individualmente sobre as necessidades e os objetivos de cada um. É como diz Fabiano Pezzi : ‘A corrida é um meio para que tu te conquiste’
No meu caso, mesmo correndo já há sete anos sem lesões, os professores da Go perceberam que eu tinha muito o que melhorar e aprender na técnica. Para mim um início. Hoje vejo como é importante acompanhamento da assessoria, que vai muito além de planilhas. Na Go ganho muito mais do que treinos semanais.
Meu sonho eu já realizo, que é ser feliz correndo, seja nos treinos semanais ou em provas. E é maravilhoso isto: ter um sonho e poder realizar ele sempre. Este ano vou me desafiar numa segunda maratona. Esta é minha prova especial. Não é fácil conciliar tudo, mas é justamente a dificuldade de fazer acontecer que torna mais prazeroso. O que mais me encanta é que para dar certo a corrida, o trabalho tem que dar certo, a rotina pessoal tem que dar certo, ou seja, um puxa o outro nesta sincronia.
A corrida? Ahhh é minha terapia em movimento. É minha resolutividade de problemas, é onde externo minhas alegrias e me sinto ainda mais viva… aquela viagem interna e ao mesmo tempo uma conexão com o mundo. Aprendi com a maratona, que não posso fazer da corrida ‘uma bengala’ par vida, mas enquanto puder estaremos seguindo lado a lado.
Vivemos dias diferentes com esta pandemia. Mas penso que eu poderia esta machucada de alguma forma e estar impedida de treinar. E na verdade, estamos todos ‘machucados’. É momento de gerar outros estímulos e o que não falta são opções. Acredito que a disciplina que precisamos ter na corrida é a mesma para nos manter ativos neste período. Usar aquela motivação interna a nosso favor, nos reinventando já que isso é passageiro”.
Ameeeeei a nota!!!! Assino embaixo ♥️
Amo essa sua garra e determinação.
Da corrida nasceu nossa amizade, uma carioca e uma baiana, residente em Natal, mas que passava pelo Rio naquele ano de 2015. Uma amizade da corrida? Sim. Mas um reencontro de outras vidas.
O sentimento que descreve da corrida é recíproco Rosa, amiga que a corrida me deu.