Eliane de Souza e A Muralha: ´´tudo o que fiz valeu muito à pena!“

Eliane de Souza e A Muralha: ´´tudo o que fiz valeu muito à pena!“

4 de setembro de 2023 3 Por Paulo Prudente

´´Quando se tem um objetivo a alcançar, todo sacrifício tem que ser feito!“ Foi com esse sentimento que a pedagoga Eliane José de Souza, 60 anos, voltou pra casa depois de correr sua sexta maratona, A Muralha UP and Down Marathon, em 20 de agosto. A corredora ficou sabendo da prova através de sua assessoria, a MP Run, e logo topou o desafio de descer correndo a serra entra Visconde de Mauá e Penedo. Confira!

´´Conheci a prova através da MP e logo quis me preparar para este desafio. Foi uma jornada de treinos punk, intensa… Corremos numa chuva torrencial, no frio, testando as luvas. Mas quando se tem um objetivo a alcançar, todo sacrifício tem que ser feito!

E assim, cheguei na prova com 90% de confiança, por que sabia que fora muito bem treinada. Os 10% restantes ficaram por conta daqueles sentimentos que não podem faltar em uma prova desse porte: medo, emoções, tensões. Isso nos faz humanos nessas horas.

A prova foi emoção pura, na véspera de eu completar 60 anos e meu pai 90. E toda prova que eu fazia, no dia seguinte, eu levava a medalha para tirar foto com ele. Fui com ele na cabeça até o km 38, quando os pensamentos saíram da cabeça e foram pro coração. Aí dei uma quebrada. Por que dessa vez, no dia seguinte eu não teria mais ele pra tirar a foto.

Não saiu tudo como esperado. Queria fechar a prova em 5h10min, mas fiz em 5h35min. O físico parecia 100%, mas nos últimos quatro quilômetros a cabeça não permitiu… Acabei deixando a emoção tomar conta! Não diria que foi complicado, mas ter que deixar o emocional de lado e olhar pra frente e pensar: “Bora que sua única opção é chegar!”

Estou há um ano na MP Run e ela foi de total importância nesta jornada, assim como a nutri Renata Daltro, que me fez acabar sem qualquer câimbra. E os amigos de equipe… ninguém largou a mão de ninguém. E o que falar do meu treinador, o Márcio Pierre? O tempo todo e todo treino ele falava que eu não iria ser cortada. Foi maravilhoso! Treinador e amigo!

Na chegada, o sentimento era de que tudo o que fiz valeu muito à pena. Abdicar de um convite, uma cerveja… Quando cheguei tinha uma fita só pra mim! Demais! Apesar do meu 1,54m de altura, me senti gigante!

E agora, o que fazer? Continuar correndo! E para isso é preciso ter sempre um objetivo, uma próxima prova, um novo desafio. Um motivo para treinar e um propósito para continuar. Aliás, XC Búzios está logo ali!“