Vivian Cortines: valentia digna de uma muralha
Correr uma maratona é algo que marca qualquer corredor. Quem não lembra da primeira vez que cruzou a linha de chegada dos 42.195m? Assim é também o back to back de A Muralha Up and Down Marathon! Digamos que… é outro patamar.
Pedagoga por formação e gestora de Recursos Humanos, Vivian Cortines, 41 anos, optou por deixar de trabalhar há alguns anos para se dedicar à maternidade. E a correr nove maratonas! Um currículo que tem A Muralha em uma prateleira especial.
´´A Muralha foi a minha quarta maratona – percurso UP em 2022 e a nona – percurso Down agora em agosto de 2023´´, conta Vivian.
Mas engana-se que acha que a prova fisgou a corredora apenas em 2022. A relação começou em 2018 e o gatilho foi a primeira maratona que Vivian correu. A ideia veio amadurecendo ano a ano.
´´A Muralha ganhou o meu coração em 2018, assim que conclui a minha traumática primeira maratona. Mas ainda não me sentia pronta para encarar esse desafio. Em 2019 precisei optar e ainda com medo escolhi o desafio Cidade Maravilhosa, da Maratona do Rio´´, confessa a pedagoga.
O desafio já parecia ter data certa em 2020, mas Vivian perdeu o prazo de inscrição e entrou na fila de espera, até que veio a pandemia.
´´Eu estava pronta, mas parecia que ainda não era pra mim. Até que em 2021 aumentaram o número de vagas e consegui minha inscrição para correr a prova UP em 2022´´.
Depois da ´abstinência´ imposta pela pandemia e da experiência em 2022, Vivian entrou em 2023 com fome de maratona, tanto que A Muralha foi sua quarta maratona este ano. Isso em apenas oito meses.
´´Eu já estava emendando ciclos de maratona desde janeiro. Então os últimos três meses que antecederam a prova foram de treinos específicos. No meu caso, com muitas descidas, que eram o meu grande medo. Sempre tive dificuldades em dosar a descida e em A Muralha são 12 km de descida ininterrupta. Era onde eu via a minha maior dificuldade´´.
Aí entrou o trabalho da assessoria e do treinador, que, segundo Vivian, abraçou a ideia da prova e preparou um ciclo de treinos específicos que fizeram a diferença.
´´O Márcio Pierri (MP Run), foi incrível. Focamos muito no reforço muscular para aguentar a descida, mas faltando quatro semanas para a prova percebi que estava perdendo flexibilidade. Meu treinador e meu professor da academia ajustaram os treinos e acabei indo a prova zerada e confiante. Ah, o pilates também foi fundamental durante a preparação.“
Enfim, tudo perfeito até o grande dia. Vivian conta que a prova começou e sua estratégia parecia perfeita. As escolhas de tênis, de ritmo… Até que o que ela tanto temia, as descidas, acabaram. Ironicamente foi aí que sua batalha de fato começou.
´´A minha prova foi perfeita até o fim da Serra. Fiz tudo como estava planejado: dosei no início mantendo o aquecimento, desenvolvi o ritmo proposto logo depois, poupei nas subidas, regulei as descidas. Mas infelizmente imprevistos acontecem e quando acabaram as descidas e mudei a pisada, senti que estava com uma bolha na sola do pé esquerdo. Mesmo tendo tomado todos os cuidados, como usar o mesmo tênis do ano passado, a mesma marca de meia, passar vaselina… mas aconteceu e foi bastante dolorido.“
Problemas que deixaram longe o tempo de conclusão com que Vivian sonhou e para o qual tanto treinou. Nada que tivesse tirado da atleta o sentimento de dever cumprido, de uma conquista alcançada e…de um sino tocado!
´´Até mais ou menos o km 34 eu estava administrando bem, mas depois a dor começou a ficar muito forte e travei uma guerra para conseguir terminar. Isso aumentou bastante o tempo que eu tinha calculado para concluir, mas não tirou o brilho da conquista. Apesar de tudo cheguei com uma hora e meia de sobra no corte e pude tocar o tão esperado e sonhado sino celebrando a conquista do back to back.“
Em momentos assim, estar numa assessoria, ouvir as experiências de outros atletas, as dicas do treinador fazem toda a diferença. A inspiração e a motivação vêm de todos os lados.
´´Entrei na MP Run no início de 2019, buscando a preparação para o Desafio Cidade Maravilhosa. Fui maravilhosamente acolhida por essa equipe que chamamos de família. Fiz muitos amigos, bati muitos recordes pessoais, desbravei novas provas, subi em alguns pódios, conheci o trail run, que hoje é a minha paixão. Além de um treinador, tenho um amigo. A MP é diferenciada.“
Para Vivian, o sentimento na linha de chegada é sempre de superação e dever cumprido. A coroação de todo o ciclo de treinamento.
´´Ali estão toda dedicação, abdicação, disciplina e força de vontade que envolve meses de treinos na chuva, no sol, no calor, no vento… É o dia de viver cada segundo do percurso e guardar na memória mais aquela conquista. E na minha opinião, a linha de chegada da Muralha é mais especial´´, completa Vivian, que este fim de semana, com as bolhas saradas, corre e Meia Maratona de Niterói, como parte do treinamento para os 42K solo da XC Run Búzios.
Ahhhhh Ela é guerreira, ela é foda, ela é top!
Me emocionei com esse relato, você é gigante e inspiracao.. A fofiiiiiinha fica orgulhosa e quando crescer quero ser assim igual a você.
Parabéns!!!!!!!!!
Ahhhhhhh! Obrigada fofinha!!!! 🥰
Vivian, apesar da adversidade vc concluiu a prova muito bemmmm! Vc é inspiração 🚀 Parabéns pela super conquista 😍
Obrigada 🥰🥰🥰🥰