Emerson Bisan: ‘A prática de atividade física fez toda a diferença na saúde física e mental durante a pandemia’

Emerson Bisan: ‘A prática de atividade física fez toda a diferença na saúde física e mental durante a pandemia’

10 de dezembro de 2020 0 Por Paulo Prudente

Emerson Bisan é uma referência da corrida de rua em São Paulo. Portador de Diabetes Tipo 1, ele leva uma vida normal por conta da prática da atividade física desde seus tempos de faculdade. Em 2004 fundou a Nova Equipe Assessoria Esportiva, que hoje toca junto com sua  esposa, Áurea. Conheça um pouquinho desta história e também como eles tem lidado com estes tempos de pandemia.

“A Nova Equipe Assessoria Esportiva surgiu quando a academia onde eu trabalhava terceirizou o serviço ‘Programa de corrida’ foi terceirizado por uma assessoria. Os próprios alunos sugeriram a criação de uma nova equipe. Era 2004 e já iniciamos atendendo uma empresa com 70 funcionários. Além disso oferecemos um serviço de qualidade e excelência, visto que era uma empresa multinacional muito conhecida.

A Nova Equipe começou suas atividades em 2004, mas eu já tinha uma relação com a corrida. Comecei a correr em 1995, após um diagnóstico de Diabetes Tipo 1. Hoje tenho 96 maratonas, e ultras com mais de 200 km. Eva Nova Equipe tornou-sevo ponto de encontro dos corredores com Diabetes. Atendemos no Ibirapuera, na Cidade Universitária e nas montanhas próximas a São Paulo, nos treinos da “Nova Equipe Núcleo Montanha”.

Atendemos de forma presencial e usamos toda a tecnologia no programa e-Running para o atendimento online de corredores do mundo todo. E também as plataformas de interação do Treino Online com a Polar, Garmin e Strava.

Tudo isso foi essencial durante a pandemia. Desde o primeiro dia de fechamento dos parques e suspensão das atividades em grupo de forma presencial, criamos o treino #JuntosSeparados no instagram. Eram LIVES diárias de 30 minutos de exercícios gerais que envolviam RESISTÊNCIA, FORÇA, TÉCNICA DE CORRIDA, POSTURA, MOBILIDADE, PREVENTIVOS DE LESÃO. Sempre com a participação de um aluno dividindo a tela com o professor, motivando, interagindo e ajudando a demonstrar a importância dessa atividade simples, sem a exigência de material ou espaço específico. Isso ajudou muito na regulação do sono, manutenção do condicionamento, controle da ansiedade, redução na compulsão alimentar, melhora na postura e estímulo à ingestão de água. Sem contar a sensação de prazer e bem estar que a atividade física nos dá de presente.

As aulas sempre tinham desafios como maior número de repetições, maior tempo em alguns exercícios, maior velocidade de execução… Foi muito divertido.

A mensagem que tentei enviar diariamente, o tempo todo, repetidamente era de que o pensamento de sair da crise mais forte, mais resistente física e mentalmente dependeria de cada um. E que nós estávamos numa posição privilegiada de saúde e condição física, que ganhamos com a corrida e que isso nos deixou seguros para enfrentar toda a pandemia.

Neste período tentamos manter a motivação com criatividade. Há provas que, tradicionalmente, vamos em peso e fizemos uma preparação para essas provas em forma de treino especial. Em outubro fizemos a tradicional Bertioga-Maresias adaptada nas distâncias 10km, 21km e 42km com medalha. Agora em dezembro, em vez da nossa festa de confraternização com churrasco, almoço, piscina e troca de presentes faremos um treino de montanha nas distâncias 10km e 18km para mantermos a frequência, a vontade e a motivação. A prática de atividade física fez toda a diferença na saúde física e mental durante a pandemia.

Já estamos de volta aos treinos presenciais. Lógico que com algumas adaptações e um protocolo elaborado junto ao CREF, à administração dos parques, aos órgãos de saúde e à ATC-SP (Associação de Treinadores de Corrida). Entre as obrigatoriedades estão: respeitar o distanciamento mínimo de 1,5m entre as pessoas no aquecimento; usar máscara; não compartilhar itens de uso pessoal; etc.